Os principais erros de decoração
- Juliana Guidolin Perrenoud
- 20 de ago. de 2019
- 3 min de leitura
Atualizado: 28 de ago. de 2019
Sabe aquela sensação que você tem de que você até se esforça, mas sua casa não fica lá aquelas coisas? Que você até segue um planejamento, mas os objetos acabam não combinando? Que você escolhe o que mais gosta na loja, dentro das suas possibilidades financeiras, ou até extrapolando um pouquinho o orçamento, mas quando coloca no ambiente, não era aquilo que imaginava?


Vem comigo que nessa tour eu vou listar os principais erros de decoração (decoração não é design de interiores, apenas uma etapa pequena de tudo - vou falar sobre em outra oportunidade) que percebo nos lugares.
1- Cores usadas de forma desconexa
Para ter um ambiente harmônico, você deve definir uma paleta de cores que deverá predominar no ambiente. Existe uma infinidade delas: rosa e cinza, verde e rosa, vermelho e amarelo, verde e azul, preto e branco, ou ainda verde, roxo e laranja, azul, verde, vermelho e laranja, e por aí vai.

Essa escolha deve vislumbrar o uso de cada ambiente. Em casa, escolha tons calmos (a não ser que você precise de energia em um determinado local, um escritório em casa, por exemplo). Dica: o tom de madeira dos móveis deve ser considerado como cor: madeiras mais amareladas, são consideradas amarelas, mais acinzentadas, cinzas, e assim por diante.
Nesse estúdio criado por mim para uma estudante de engenharia que detestava cores, usei os tons de preto e branco e madeira mais neutros. As cores estão presentes apenas em objetos, que podem ser facilmente substituídos.
Usar cores vibrantes em um quarto de uma criança que é ligada no 220v não é uma boa...
No quarto desta jovenzinha chamada Luíse, optamos por tons calmos, com uma decoração mais minimalista. Quem a conhece sabe o porquê da escolha (agitação e bagunça dizem alguma coisa?)
Por isso, optamos por deixar de fora esse quadro:

Definida a paleta, faça um painel semântico do local.

Isso vai ajudar a evitar o número 2:
2- Comprar objetos e móveis sem um planejamento prévio. O painel semântico ajuda a vislumbramos quais objetos “ornam” (muito minha vó) e quais não tem a ver com o ambiente. Se não conseguir contratar um profissional que irá montá-lo e orientá-lo, faça você mesmo (pode ser num power point da vida ou até mesmo numa sulfite com recortes de revistas).
Eu mesma já cometi muitos erros antes de me profissionalizar:


Lembro bastante da casa da minha mãe: ela comprou uma mesa que amou na loja, com tom de madeira bem escuro. Quando colocou em casa, no chão de granito cinza mescla, ficou tudo muito escuro. Aí ela se mudou com a mesma mesa pra chácara, com piso em porcelanato clarinho, a mesa ficou bem melhor! Mas depois voltou pra casa dela novamente...
3- Querer que o ambiente combine com o objeto, e não o contrário. Aqui cabem algumas situações:
Aquele vaso que você ganhou de uma pessoa que você adora, mas que não combina com nada que você tem e você fica com dó de não usar. Minha mãe é dessas: a vida inteira ganhou presentes de alunos e insistia em colocar no rack da sala. Nem preciso comentar...

Você vai viajar pra Bahia e se apaixona por aquele quadro de baianinhas no pelourinho, como não levar? Chega em casa e não sabe o que fazer com aquele quadro em cores quentes completamente diferente da sua sala.

4- Ter a famosa casa de chácara, tudo o que vai sobrando misturado. Quem não conhece aquela chácara que vai sendo montada com o que sobra: uma cama beliche que a tia do vizinho não quer mais, o sofá da irmã que deu uma rasgadinha ganha aquela manta colorida, a cadeira que quebrou é substituída por aquela outra diferente que estava encostada num canto.
Não estou dizendo que as coisas precisam ser novas e as antigas descartadas, mas que o uso e reuso deve ser planejado (pintar o móvel, encapar o sofá com critério, entre outros truques podem reutilizar de forma sustentável).

Difícil? Se ficou com alguma dúvida, me chame que eu posso te ajudar :)
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